domingo, 10 de abril de 2011

Revelation: I Want To Know What Love Is - Last Choir Standing - BBC One


Não sei se podemos desenvolver determinados talentos ou se já nascemos com eles. Penso em talento como aquela habilidade que temos pra fazer algo bem feito. Algumas vezes, mais do que bem feito – perfeito. Por falar nisso, não conheço ninguém que tenha tido sucesso profissional na vida sem ter talento. Pode ser talento pra cantar, pra fazer cálculos, pra escrever, pra se relacionar ou pra vender. Talento pra pilotar, pra encenar e pra fazer gols. Talento pra brigar, pra curar, pra desenhar ou pra liderar.

Se o sucesso é fruto do talento, nem todos que têm talento têm a garantia do sucesso. Há gente, muita gente, que nasce e morre com o talento guardado ou escondido em algum lugar. Essas pessoas sequer têm a consciência do talento que possuem. Talvez por nunca terem tido a chance de despertá-lo.

Embora acredite que, nato ou adquirido, todas as pessoas possuem um talento, até hoje ainda não descobri o meu. Com a minha insistência, e falta de vergonha, pelo menos descobri os talentos que me faltam. E como eles são muitos.

Um dos talentos que nunca tive, por exemplo, foi o de desenhar. Hoje não sofro por isso, mas na infância era quase uma tragédia. Especialmente, por ter Luiz Carlos – ou Cacau – como colega de classe. Estudávamos num colégio público em Angicos e ele chamava atenção quando tinha um lápis nas mãos. O menino desenhava tudo com muita perfeição. Enquanto seus traços ganhavam qualquer concurso de desenho, eu mal desenhava aquela casa que todos desenham.

Os anos se passaram e nossos passos percorreram caminhos diferentes. Passamos muito tempo sem nenhum contato, até que o reencontrei durante uma reportagem em Natal. Estava indo para uma entrevista num dos condomínios mais luxuosos da cidade…E quem me recebe na entrada do prédio? Ele mesmo, Cacau. Nos reconhecemos na hora e fizemos uma boa festa. Cacau, o craque no desenho, era agora porteiro de edifício.

O que faltou a Cacau, certamente, não foi talento para o desenho, pois isso ele tinha de sobra. O que o desenhista Cacau não teve foi oportunidade. E não me refiro somente a oportunidades de estudo ou trabalho. Isso também deve ter acontecido com ele, mas falo de oportunidade pra sonhar, pra imaginar um mundo diferente, o mundo que desejamos para nós. Quando sonhamos com o futuro, construímos cenários e, até inconscientemente, vamos estabelecendo metas pessoais e guiando nossas ações por elas.

Pra estimular esses sonhos, há uma pergunta que adoro fazer a crianças: o que você quer ser quando crescer? Experimente responder!


01/04 - Criação do Partido dos Panteras Negras, EUA / 1967




Panteras Negras

Partido negro revolucionário estadunidense, fundado em 1966 em Oakland - Califórnia, por Huey Newton e Bobby Seale, originalmente chamado Partido Pantera Negra para Auto-defesa (no original, "Black Panther Party for Self-Defense", depois, mais conhecido como "Black Panther Party" (Panteras Negras).
A finalidade original do partido era patrulhar guetos negros para proteger os residentes dos actos de brutalidade da polícia. Os Panteras tornaram-se eventualmente um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros no pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada "América Branca", a libertação de todos os negros da cadeia, e o pagamento de compensação aos negros por séculos de exploração branca. Sua ala mais radical defendia a luta armada. No seu auge, nos anos de 1960, o número de membros dos Panteras Negras excedeu 2 mil e a organização coordenou sedes nas principais cidades.
Os conflitos entre os Panteras Negras e a polícia nos anos de 60 e nos anos de 70 conduziram a vários tiroteios na Califórnia, em Nova Iorque e em Chicago, um desses resultando na prisão de Huey Newton pelo assassinato de um agente da policia..
Na medida em que alguns membros do partido eram considerados culpados de actos criminosos, o grupo foi sujeito a uma grande hostilidade da polícia que algumas vezes se deu na forma de ataques violentos, despertando investigações no Congresso sobre as actividades da polícia com relação aos Panteras. Nos meados dos anos de 70, tendo perdido muitos de seus membros e diminuído a simpatia de muitos líderes negros estadunidenses, levaram a uma mudança dos métodos do partido, que mudaram da violência para uma concentração na política convencional e em um fornecimento de serviços sociais nas comunidades negras. O partido estava efectivamente desfeito em meados dos anos de 1980, para, nos últimos anos, ressurgirem com novos membros..

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01/04 - Primeiro Festival Mundial de Arte Negra, Dakar, Senegal / 1966




































III Festival de Artes Negras em Dakar - 
Senegal



Na origem, o primeiro Festival Mundial das Artes Negras organizado em Abril de 1966 devia finalizar, do ponto de vista do Presidente e poeta Léopold Sédar Senghor, o seu iniciador, a marcha de um século que celebrou com fasto as culturas negras.

Para Senghor como para Césaire, os pais da Negritude, a organização do Festival tinha a ver tanto com a política como com a cultura. Devia servir a reafirmar a nobreza das culturas africanas, a celebrar a sua essência e a sua importância, num contexto em que a África mal acabava de sair da colonização e os Estados – Unidos tinham dificuldade para pôr fim à Segregação racial.

Consoante os princípios gerais do primeiro Festival, tinha como objetivo principal «permitir ao maior número possível de artistas negros, ou de origem negra, fazer-se se conhecer e amar por um auditório tão vasto como possível num clima de tolerância, de estima mútua e desenvolvimento intelectual.»

As delegações africanas afluíram, portanto, com as estrelas da diáspora da época, entre as quais Duke Ellington, Arthur Mitchell e Alvin Ailey (American Negro Dance Company), Mestre Pastrinha (grande capoeirista da Bahia), Marion Williams ou ainda Clementina de Jesus, rainha do samba.

Após Dakar, Lagos acolheu em 1977 o segundo Festival Mundial das Artes Negras. Esta edição inscrevia-se no mesmo espírito de defesa e ilustração das civilizações e culturas negras.

Fonte: http://www.dc.mre.gov.br/festivais-e-concursos/dacar-2013-iii-festival-mundial-de-artes-negras